Contato: henrique@henriquerodrigues.net
Henrique Rodrigues nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro, RJ, em 1975, numa família pobre e com poucos recursos. Cresceu em Seropédica e morou em diversos bairros cariocas.
É curador do Prêmio Pallas de Literatura, coordenador do Prêmio Caminhos de Literatura e diretor do Instituto Caminhos da Palavra, instituição criada em 2025 para a promoção do livro, da leitura e da escrita literária.
Foi aluno de escolas públicas durante toda a formação básica. Costuma visitar escolas e eventos literários para promover a leitura e o livro como chaves para o desenvolvimento humano. Recentemente, os dois Cieps (Centro Integrado de Educação Pública) onde estudou alteraram os nomes das suas salas de leitura, que passaram a ter como patrono Henrique Rodrigues – o autor considera este o maior prêmio que um artista e cidadão poderia receber.
Formou-se em Letras pela Uerj, cursou especialização em Jornalismo Cultural, também na Uerj, mestrado (com intercâmbio na Brown University, nos EUA) e doutorado em Literatura na Puc-Rio. Trabalhou no Sesc Nacional, idealizando e coordenando projetos de incentivo à leitura e circulação de manifestações literárias, como o Prêmio Sesc de Literatura e o Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras. De frente para trás, já foi coordenador pedagógico do programa Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia, superintendente pedagógico da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, pesquisador da Cátedra Unesco de Leitura da PUC-Rio, professor de literatura, balconista de videolocadora e atendente de lanchonete. O primeiro trabalho, informal, foi numa barraca de cachorros-quentes em frente à quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira.
Já palestrou em universidades e eventos culturais no Reino Unido, França, Portugal, Espanha e Bélgica. Em 2019, foi coordenador criativo da residência artística do Cine Luso, em Bruxelas, cujo resultado foi a produção do filme “E agora, você” (disponível em https://www.youtube.com/watch?v=lSaW3Gh3yMk). É cronista do jornal Rascunho e colunista e do portal PublishNews.
É autor do livro de poemas A musa diluída (Record, 2006), Versos para um Rio Antigo (infantil, Pinakotheke, 2007), Machado de Assis: o Rio de Janeiro de seus personagens (juvenil, Pinakotheke, 2008), O segredo da gravata mágica e O segredo da bolsa mágica (infantil, ambos pela Memória Visual, 2009, ilustrações de Júlia Lima) e Sofia e o dente de leite (infantil, Memória Visual, 2011, ilustrações de Bruna Assis Brasil), Alho por alho, dente por dente (com André Moura; infantil, Memória Visual, 2012, ilustrações de Júlia Lima; reeditado pela Editora Positivo em 2021), do romance O próximo da fila (Record, 2015, obra adotada no PNLD e publicado na França em 2018, “Au suivant”, Anacaona Editions), Palavras pequenas (infantil, Bazar do Tempo, 2016, ilustrações de Anabella Lopez), O pé de meia e o guarda-chuva, (infantil, Malê, 2017, ilustrações de Walther Moreira Santos), Previsão para ontem (poesia, Cousa, 2019), Rua do Escritor: crônicas sobre leitura (crônicas, Malê, 2020, finalista do Prêmio Jabuti 2021) O brinquedo novo (infantil, Estrela, 2020, ilustrações de Raquel Matsushita), O barbeiro Salomão (infantil, Estrela, 2021), Machado de Assis Menino (Malê, 2021, ilustrações de Edson de Souza), Fábulas cabulosas e outras histórias subversivas (contos, Rocco, 2022, ilustrações de Arnaldo Branco), Quando o tempo acorda (infantil, Dimensão, 2023, ilustrações de Rubem Filho) e “Áurea” (romance, Estrela Cultural, 2023).
Adaptou o clássico A Revolução dos Bichos, de George Orwell, para o Brasil atual (juvenil, Oficina Raquel, 2021, ilustrações de Adriana Cataldo).
É coautor do livro Quatro estações: o trevo (independente, 1999) e participou das antologias Prosas cariocas: uma nova cartografia do Rio de Janeiro (Casa da Palavra, 2004), Dicionário amoroso da Língua Portuguesa (Casa da Palavra, 2009), Escritores escritos (Flâneur, 2010), Humor Vermelho vol. 2 (Vermelho Marinho, 2010), Brasil-Haiti (Garimpo, 2010), Amar, verbo atemporal (Rocco, 2012), Leitura pelo olhar do cinema (Cátedra Unesco de Leitura, 2013), Vou te contar: 20 histórias ao som de Tom Jobim (Rocco, 2014), Perdidas: histórias para crianças que não têm vez (Ímã Editorial, 2017), Escrever Berlim (Nós, 2017), Contos para depois do ódio (Mórula, 2020) e Jumento com faixa: deboches e antiodes ao fascismo (Viés, 2021).
É organizador e coautor de Como se não houvesse amanhã: 20 contos inspirados em músicas da Legião Urbana (Record, 2010) e O livro branco: 19 contos inspirados em músicas dos Beatles + bonus track (Record, 2012), Conversas de botequim: 20 contos inspirados em canções de Noel Rosa (com Marcelo Moutinho. Mórula, 2017) e Correio Amoroso: 20 cartas sobre paixões, encontros e despedidas (Oficina Raquel, 2022).
Henrique Rodrigues é meu grande amigo. Apesar de não passar de um metro e oitenta.
Henrique Rodriques é um cara muito engraçado. Mas deve ter dias de tristeza e raiva. Aí, ele escreve e volta a ficar um Henrique Rodrigues novinho em folha.
Henrique Rodrigues é um escritor muito bom, que domina ao mesmo tempo a técnica cerebral da métrica e a verve do improviso que brota do coração.
Henrique Rodrigues é um cara maneiro. E não se fala mais nisso.
Gostaria que vc lesse o conto que escrevi, inspirado na música 29 da Legião Urbana
29
“Quando você deixou de me amar aprendi a perdoar e a pedir perdão”
Ela era alguém com muito medo . Ele queria ir na parte mais funda do mar, todavia seu sonho sempre foi voar. Foi em um desses mergulhos que se conheceram , pois ela mesmo sentindo medo, às vezes se aventurava, porém quando se encontraram, foi como se ambos tivessem ido à superfície e encontrado uma balança , um equilíbrio perfeito. Bem, perfeito ao menos naquela fração de segundos.
Eles aprenderam a flutuar, conheceram lugares e paisagens novas, viram coisas que mesmo depois de anos, mesmo passando longe reconheceriam no ato.
Foi junto dela que descobriu sobre o acasalamento de espécies em águas profundas , assim ocorre quando a fêmea escolhe um entre vários machos e começa com algumas mordidas no pescoço e nos ombros. A fecundação é interna, o macho introduz o órgão reprodutor masculino no órgão copulado feminino, porém se ambos não tiverem experiência, primeiramente, ficam só a dançar juntos no fundo do mar, até os corpos se encaixarem,naturalmente, de tanto um descobrir o outro. E assim se deu também com eles.
Talvez quem esteja lendo, acredite que há uma monotonia como todos os casos de amor em que todos são extremamente felizes. Pois não era assim. A balança quase nunca estava no meio. Quando um estava muito lá em cima, imediatamente, o outro estava muito lá embaixo.
Assim quando eles subiam muito,ela tinha pânico de altura e se recolhia, quando eles estavam muito lá embaixo, ele reclamava de estar distante do seu sonho de voar. Um sentia saudade do outro quando não se viam, mas equilibrar era quase como resolver uma equação de 3 grau.
Mesmo assim, por muitas vezes, tentaram e nessas tentativas descobriram o mar juntos e mil coisas mais, dessas que a gente guarda como tesouro.
Mas sempre chega o dia que mesmo temendo não se ter força para decolar sem o impulso do outro, não se tem como ficar. Ele decidiu voar como sempre quis, e foi feliz.
Ela perdeu o medo de nadar , e dizem até que tenta pequenos vôos . porém não se encontram, aventuram- se sempre em direções opostas.
Clarissa, bem legal a sua história. Gosto muito dessa música, aliás. Abraço.
Henrique Rodrigues, Parabéns por seu trabalho, suas idéias, livros, sacadas literárias e existenciais que certamente iluminam o caminho de tanta gente! Com admiração e respeito, segue meu abraço literário! Monica Maia
Obrigado, Monica! Seguimos na luta. Abraço!
Boa tarde, Henrique!
Como Coordenadora Pedagógica da Escola Estadual Agrícola de Nova Friburgo gostaria de faze-lhe o convite para participar do Encontro Técnico de nossa escola a ser realizado nos dias 21,22, e 23 de outubro. Essa escola está situada no Município de Nova Friburgo e 99% doa alunos são filhos de pequenos agricultores da região. Pessoas que, como todo pequeno agricultor, passam anônimas na sociedade mas que garantem a alimentação da maior parte da população brasileira.
Olá, Rosana. Se der vou com o maio prazer a esse evento. Peço que envie detalhes do evento para contato@henriquerodrigues.net Abraço
Oi Henrique! Você vende seus livros? Fiquei interessada em Como se não houvesse amanhã. Suas resenhas são ótimas.! Bjs Andreia wwww.mardevariedade.com
Óh:*
Sou Rodrigo e escrevo do RS.
O ‘conheci’ hoje – no programa SALTO PARA O FUTURO; e a sua trajetória emociona mesmo!
Sobre o relato de “não ter luz e usar vela para ler”… bem tocante.
Me fez lembrar da minha época estudantil/até alguns livros citados me lembrei. Alias tais usados na maioria como ‘extra classe’ eram bem tristes. E digo que “o preocupante seria a realidade”.
Quanto a mim: também sou do RJ, embora resida no sul há tempos. Já pensei em fazer LETRAS (alias um dos meus pais fez).
E temos praticamente a mesma idade (nasceste em 1975… mostra ser bem mais jovem!).
É isso. Sucesso nos ensinamentos e trabalhos. Haver alguém assim até raro.
Tchau,
Rodrigo O Rosa
* Depois soube que a baita ANA MARIA MACHADO era a entrevistada. Tinha até um livro dela quando criança.
… tal ‘oh’ como se cumprimenta aqui no sul (risos!).
Salve, Rodrigo, conterrâneo. Obrigado pela força. Grande abraço, Henrique
Hi Henrique.
I’m Nico, the guy who helped you to the Brussels-Midi station.
Did you manage to catch your train?
It was my pleasure to help you get there, so I hope you were on time.
All the best!
Nico Esposito
Hi Nico. I arrived just in time! Thanks for helped me! When I go back to Brussels, let’s take a coffee – or a bier!
All the best, Henrique
Oi Henrique;
Meu nome é Luis Turiba, sou jornalista aposentado (trabalhei no SESC Brasília) e sou poeta atuante com livros publicados aqui no Rio pela 7 Letras. Meu último livro tem o título de DESACONTECIMENTOS e acabo de lançar com boas vibrações no Rio e em Brasília. Já foram vendidos quase 200 exemplares – 100 adiantados por vaquinha digital. Gostaria de lhe enviar um exemplo e fui recomendado pelo Nicolas Behr, parceiro de inúmeras aventuras bresilienses. Como faço ? Entrego onde? Endereços e tal?
Olá Henrique.
Estamos fazendo o Festival Gamboa de Portos Abertos.
https://www.facebook.com/events/383402278998491/
O Homenageado é Machado de assis
Gostaria de saber se gostaria de participar.
Aguardo seu retorno.
Grato, Paulo
993793972
Oi, Paulo. Adoraria participar, mas estarei fora durante o período do evento… Mas numa próxima edição conte comigo. Abração!
Olá henrique! Minha filha está fazendo um trabalho da escola sobre um livro seu, e o grupo teve a ideia de perguntar a você qual foi a inspiração para ewceireve o livro.
Olá henrique! Minha filha está fazendo um trabalho da escola sobre um livro seu, e o grupo teve a ideia de perguntar a você qual foi a inspiração para ewceireve o livro.
Obrigada pela atenção
Henrique Rodrigues
É com muita gratidão que falo sobre o livro que acabei de ler, “O próximo da fila” é muito profundo e causa uma inquietação sobre o desenrolar da vida, obrigado por descrever com personagens sem nomes tantos nomes foram representados.
Crisnacleuton de Macedo
Araripina – PE
Olá, Crisnacleuton. Obrigado pela leitura. Fico muito feliz em saber que estamos em conexão pelo livro. Grande abraço, saúde e felicidade!
Olá, @henriquerodrix . Temos um Grupo de Pesquisa de Professoras e Licenciandos em Pedagogia no ISERJ (Instituto de Educação do Rio de Janeiro) chamado “Infâncias em praxis literária” e estamos nos deliciando com a leitura do livro: Machado de Assis, menino. Uma literatura de qualidade, a Machado de Assis, de forma delicada e linda. Que tal uma roda de conversa? Ficaremos honrados com sua presença.
Será um prazer!
olá Henrique!
Meu nome é Fausto!
Tenho 56 anos e sou beatlemaníaco de carteirinha.
Tenho até uma banda de Beatles!
Adorei o LIVRO BRANCO.
Escrevi um conto que imaginei que poderia virar um livro com a inclusão das letras.
Chama-se: A incrível história de Eleanor Rigby.
Segue um pequeno resumo:
Os Beatles sempre nos fizeram viajar!
Mas já imaginaram se os personagens das músicas co-existissem num conto de ficção?
Quem poderia ter sido Eleanor Rigby?
Como Honey Pie pode tê-la inspirado nessa jornada?
Lady Madonna era vizinha de Desmond e Molly Jones?
Billy Shears e Lovely Rita eram namorados?
O homem rico da música Baby, You’re a Rich Man guardava mesmo dinheiro dentro do zoológico?
Descubra como essas histórias e personagens se conectam nesse delicioso conto pontuado por citações de mais de 120 músicas dos Beatles, descubra os vínculos e cante as músicas dos Fab Four com as letras inclusas como um tributo a esse fantástico e inesquecível quarteto de Liverpool!
Caso haja interesse, posso enviar o texto completo.
Estou precisando de uma dica para publicar.
Obrigado!
Um abraço
Fausto
Salve, Fausto. Tudo certo? Obrigado por ter curtido O livro branco. Sua ideia é ótima. Sugiro você inscrever o seu texto num concurso literário. Grande abraço!
Boa tarde
Gostaríamos de trabalhar com o livro ‘Sofia e do dente de leite’. Como é possível adquirir o livro?
Oi, Paula. Tudo bem? Passei o seu contato para a editora Positivo, que está relançando esse livro nos próximos meses. Grande abraço!
Quero comprar o livro fábulas cabulosas
Como posso comprar ?
Oi, Waldeci. Você pode achar o livro nas maiores livrarias físicas. Ou então comprá-lo pela internet em diversos sites. Por exemplo, no site da Amazon. Abraço.
Caro escritor Henrique Rodrigues,
Estamos organizando a II Festa Literária de Mosqueiro (FLIM), em Belém do Pará, que será realizada de 7 a 11 de junho.
Com o objetivo de incentivar nosso público-alvo à leitura e de também motivá-lo ainda mais a participar desta Festa, pretendemos trazer como convidado um escritor conhecido do público. De seus livros, li o “Ruas do Escritor: …”, finalista do Prêmio Jabuti 2020.
Gostaríamos de saber se tem interesse em participar desta II edição da FLIM e quais as condições para que isso aconteça. Caso aceite o convite, o dia de sua participação na roda de conversa será no dia 8 de junho, às 19h.
Um abraço,
Lairson Barbosa da Costa
Professor doutor em Língua Portuguesa/Linguística
Membro do grupo Escritores da Praia e do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Artes, Cultura e Educação (Organizadores da FLIM)
E-mail: lairson.costa@ifpa.edu.br
Tel.: (91) 985217485
Oi, Lairson! Te respondi pelo e-mail. Abraço!
Bom dia, Henrique Rodrigues! Tudo bem?
Li sua reportagem “Prêmios Literários são consequência, não causa”, no site Blog Concursos Literários, achei muito boa, principalmente para quem está começando a escrever como eu.
Gostaria de compartilhar os meus textos de escritor iniciante ainda, mas com muita vontade de deixar escrito o que sinto!
Caso você queira conhecer.
Gentileza assistir o vídeo no canal do YouTube da Editora Persona, chamado: “Carnafênix” .
https://youtu.be/uyRa8sXbxhM
“A Vida que Espero”.
https://youtu.be/L7ITJI11tX4
“Fases”.
https://www.youtube.com/watch?v=xCSEASBQfhc
https://www.youtube.com/channel/UCKV5DDeBSHSXDJBz_k0GUWA
São poemas meus que estão constando nessas coletâneas. Até agora já tenho participação em 23 livros (antologias com crônicas e poemas)! Enquanto sonho com o meu livro autoral…
Aproveitando também para enviar minhas últimas crônicas, publicadas no site Montanhas Capixabas:
https://www.montanhascapixabas.com.br/cronica-o-dom-de-desenhar/
https://www.montanhascapixabas.com.br/cronica-o-rei-do-furo/
https://www.montanhascapixabas.com.br/cronica-esse-chato-sou-eu/
https://www.montanhascapixabas.com.br/cronica-jacu-e-o-seu-delicioso-cafe-direto-da-rima/
Grato,
Kássio Barreiros Paiva
Prezado Henrique:
Recebi sua publicação sobre a necessidade de se realizar mais prêmios literários para novos (realmente) autores, através da minha revisora. Muito bem colocado. Atualmente, as editoras deixaram de garimpar. Restando apenas os prêmios literários, pois o que determina se um autor (novo ou não) será publicado, não é a sua obra, mas sim, o número de seguidores nas redes sociais. Os “influencers” ou famosos, encontram abrigo nas editoras, independentemente da qualidade de seus escritos (que, aliás, nem sempre são escritos por eles). Outra coisa é o período da publicação. Eu, por exemplo, tenho uma trilogia (Yancy Acyr Um mestiço na Guerra do Paraguai), envolvendo um mestiço como Voluntário da Pátria, que trafega em forma de romance, pelos fatos históricos deste importante (e esquecido) conflito sul-americano, convivendo com personagens reais de nossa história. Uma forma palatável aos jovens de aprender sobre a história brasileira. Porém, não posso inscrevê-la, por exemplo, no Prêmio Jabuti, visto que o Volume I foi publicado em 2022, o Volume II, em 2023 e o Volume III, em 2024. Não faria sentido, inscrever apenas o Volume III. Dessa forma, por mais relevante que possa ser o conjunto da obra, não têm como inscrevê-la e as editoras, nem mesmo, abrem espaço para analisá-la. Claro que todo autor acredita que a seu trabalho é uma obra prima e, em geral, não é. Porém, alguém tem que lhe dizer esta possível verdade. Grandes autores foram inúmeras vezes rejeitados, até que alguém acreditou neles. Mas, para tanto, no mínimo, eles têm que ser avaliados. Fui diretor artístico de uma grande gravadora. Recebia inúmeras fitas com “demos” de novos artistas pleiteando uma gravação. Ouvia-as todas ou pelo menos, pedia aos produtores de cada segmento, que as avaliassem. Assim, descobri alguns dos grandes sucessos da nossa música. Creio que este era um de meus maiores prazeres como diretor artístico. Parece que os editores de hoje, estão atrás de obras prontas e não se dão ao trabalho de edificar suas próprias carreiras.
Obrigado.
Salve, camarada. Pois é, por isso precisamos acreditar cada vez mais no texto e no trabalho com a palavra, e abrir caminhos. Abração.
Olá Henrique,
Li e gostei do seu artigo recente defendendo os prêmios literários.
Já fui jurado literário do Sesc. Já promovi concurso literário e sempre que encontro editais remunerados procuro participar. Aliás já batemos um papinho, uma vez, aqui em Brasília.
Eu gostaria de lembrar que o mesmo SESC, que você citou, lançou um projeto sensacional há dez anos e que infelizmente foi deixado de lado: a residência literária.
Eu gostaria que você avaliasse e se achasse interessante, solicito usar o seu prestígio para tentar promover ou incentivar a existência de um concurso com essa modalidade.
Copiei e colei aqui o que eu ainda encontrei nos meus arquivos.
Imersão produtiva
O Sesc inicia hoje as inscrições para o Residência Literária Paraty
Muito comum na Europa e nos Estados Unidos, começam a surgir no Brasil um novo formato de incentivo à literatura: a residência literária, quando o autor é convidado morar por um tempo, em uma determinada cidade ou país, para dedicar-se exclusivamente à sua obra. Após dez anos realizando o Prêmio Sesc de Literatura, para apresentar novos escritores ao mercado, o Sesc abre o edital da Residência Literária Sesc Paraty. Um escritor será escolhido para morar por três meses na cidade de Paraty – litoral sul do estado do Rio de Janeiro – com alimentação e moradia custeadas, enquanto escreve um livro. Além disso, o autor receberá uma bolsa no valor de cinco mil reais por mês. As inscrições são gratuitas e devem ser enviadas por e-mail entre os dias 18 de agosto e 14 de setembro.
Poderão concorrer escritores brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil que tenham entre dois e oito livros publicados nas categorias contos, poesia, novela, romance, infantil e juvenil. Para se inscrever o autor deve apresentar um texto em progresso com 20 páginas. “O Residência é na verdade um impulso para autores não mais inéditos, que já publicaram livros, mas encontram dificuldade de prosseguir com a carreira”, afirma Henrique Rodrigues, técnico em literatura do Sesc.
O texto literário apresentado precisa ser inédito. Não valem os já publicados pelo candidato, mesmo que de forma autônoma ou na internet. O candidato deve apresentar, ainda, uma proposta de ação a ser realizada durante a residência para o estimulo à leitura. “Será uma contribuição para a comunidade local. Além de receber a Flip – principal festa literária da América Latina-, Paraty tem um papel na formação de leitores que rompe a esfera da feira. É dar continuidade aqueles quatro dias em que respiramos literatura”, comenta Daniel Ourique, técnico em cultura.
“E, estando o autor imerso no dia-a-dia dos moradores, terá a possibilidade de resgatar e retratar os hábitos locais. É uma forma, mesmo que ficcional, de dar vez e voz a comunidade, que nos últimos anos viu a cultura caiçara se perder”, completa a gerente do Centro Cultural Sesc Paraty, Lisyane dos Santos.
O projeto Residência Literária Sesc Paraty será de março a maio de 2015 e ao final dos três meses o autor deverá entregar ao Sesc a primeira versão do livro. Dúvidas serão esclarecidas pelo e-mail literatura@sesc.com.br.
Um baita abraço,
Salve, Klotz. Pois é, esse piloto da residência literária foi bem legal, mas as chefias de então não quiseram continuar. Acho que temos poucos formatos de residência artística para escritores no país. Vamos tentar abrir esses caminhos no futuro, se houver espaço e recursos. Abração!
Sugestão de livro: Mãe Racista de Filho Preto. Editora CRV.
Estive do outro lado do rio na Flip.em 2024. Sei bem.